Serviços editoriais: definiçãoServiços editoriais: definição

qualidade do texto
Cada editora tem os seus requisitos próprios para o uso da terminologia, que muitas vezes é confusa, havendo trabalhos similares com nomes diferentes e tarefas bem distintas com o mesmo nome. Preparação de texto e copidescagem são termos que deveriam ser sinônimos, mas recebem distinções conforme a editora.
A seguir uma lista de descrição dos serviços editoriais, de acordo com Laura Bacellar (2012):
Preparação de texto/copidescagem: leitura cuidadosa da obra para correção de incoerências, repetições, uso incorreto da língua e falta de normalização. Sempre necessária, não importa o tipo de obra.
A boa preparação:
• Faz correções adequadas ao que a editora deseja para seu público-alvo.
• Confere se o texto está claro, lógico e coerente tanto internamente quanto em relação à cultura brasileira.
• Levanta inconsistências e sugere alterações.
• Elimina repetições.
O profissional precisa:
• Ter bons conhecimentos de português.
• Ter familiaridade com o tema da obra.
• Ler com atenção prestando atenção ao sentido.
• Fazer apenas as correções que de fato melhorem o texto e sejam objetivamente defensáveis.
• Não implicar com estilo ou ideias do autor.
• Não trocar seis por meia dúzia.
• Entregar um texto final claro e adequado às exigências da editora.
Padronização (ou normalização): adequação sistemática aos padrões da língua e ao manual de estilo (existente ou presumido) da editora. Muitas vezes é feita juntamente com a preparação. Sempre necessária, não importa o tipo de obra.
A boa normalização:
• Deixa todos os elementos semelhantes com a mesma apresentação.
• É rigorosa e sistemática.
O profissional precisa:
• Conhecer as normas (ABNT, da casa, mais usadas pelo mercado).
• Usar bom senso.
Revisão de provas: leitura da obra já diagramada em formato de página. Sempre necessária, pelo menos uma vez.
A boa revisão:
• Corrige todos os erros ortográficos de português.
• Confere inconsistências de tipologia, espaços a mais ou a menos, numeração, “caminhos de rato”, “viúvas”, “forcas” e similares problemas de paginação.
• Aponta eventuais inconsistências de sentido, sugerindo correções.
O profissional precisa:
• Ter bons conhecimentos de português.
• Conhecer e ser atento aos detalhes de diagramação.
• Fazer apenas as correções que sejam muito necessárias.
• Não mexer em estilo, padronização do texto, ou o que não constituir um sério atentado contra a clareza.
Tradução: versão para o português de um texto originalmente escrito em outro idioma
A boa tradução:
• Deixa todas as ideias e imagens do autor claras para o leitor brasileiro.
• Adapta comparações, exemplos, formas de linguagem e outros usos da língua estrangeira à nossa cultura.
• Pesquisa eventuais referências e vocabulário específico.
• Dá a impressão de ter sido escrita em português.
O profissional precisa:
• Ter domínio da língua original.
• Ter conhecimento do tema abordado.
• Ser fiel às ideias e ao estilo do autor.
• Escrever em português da forma mais correta e fluente possível.
• Entregar um texto final perfeitamente compreensível para o público-alvo.
Revisão de tradução: leitura cuidadosa de um texto traduzido, comparando-o com o texto original.
A boa revisão de tradução:
• Confere se cada parágrafo, nota, adendo, etc., foi traduzido.
• Elimina vícios de linguagem que o tradutor tenha deixado passar.
• Confere se as referências culturais estão compreensíveis para o público brasileiro.
• Corrige eventuais erros de compreensão do tradutor.
O profissional precisa:
• Ter conhecimento da língua original.
• Fazer apenas as correções que de fato melhorem o texto e sejam objetivamente defensáveis.
• Ser fiel às ideias e ao estilo do autor.
• Escrever em português da forma mais correta e fluente possível.
• Entregar um texto final perfeitamente compreensível para o público-alvo.
Fonte: Bacellar, Laura. Produção editorial. São Paulo: Unesp, 2012.

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